No Dia Internacional da Mulher
é que venho, às duras penas, fazer um sofrido desabafo. Falamos em sororidade,
contudo, na prática, não nos comportamos como irmãs.
Lembro que as mulheres COM deficiência não são lembradas nas rodas de conversas, face ao terrível fenômino da invisibilidade. Por isso é que somos esquecidas pelas iguais SEM deficiência.
Lembro que as mulheres COM deficiência não são lembradas nas rodas de conversas, face ao terrível fenômino da invisibilidade. Por isso é que somos esquecidas pelas iguais SEM deficiência.
Arte: Rosa Santos
Faz pouco que tive uma triste experiência em um coletivo feminino. Pugnei para
que as nossas reuniões fossem realizadas em locais acessíveis, já que as
acessibilidades fazem parte dos nossos direitos fundamentais.
O reboliço foi total! A mulherada fazia que entendia, porém, na prática, foi
uma verdadeira batalha para a realização em local diferente do habitual
(que era inacessível).
Por incompatibilidade na minha agenda não pude estar presente nesse novo local.
Então, ouvi: - Ela insistiu tanto para fazermos em local acessível e ela nem
veio. Absurdo! Nada adiantou o nosso sacrifício.
Vale, ante a pobreza de alma acima, trazer a reflexão do querido Prof. Romeu
Kazumi Sassaki (inclusivista):
"PRINCÍPIOS DO ESPAÇO ACESSÍVEL
Princípio 1: Onde a pessoa sem deficiência acesso livre tem,
a pessoa
com deficiência deverá tê-lo também.
Princípio 2: Onde o desenho universal ainda é um hiato,
o
Princípio 1 será aplicado de imediato."
Verdadeiramente precisamos
praticar a SORORIDADE. Certo é que as acessibilidades hão que estar em todos os
lugares abertos ao público, ainda que o estabelecimento seja privado,
independentemente se a pessoa com deficiência não possa estar presente.
As mulheres sem deficiência têm que compreender que a dignidade da mulher COM
deficiência tem que estar igualmente intacta.
FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER. É o que desejo a todas nós.
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