segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Maíra Fernandes e Deborah Prates na II Conferência Nacional da Mulher Advogada - Instituto dos Advogados Brasileiros | IAB




Foto: Da esquerda para a direita, Maíra Fernandes, Deborah Prates, Claudio Lamachia, Eduarda Mourão, Helena Delamonica e Florany Mota. Todos sorrindo à frente das bandeiras de todos os estados brasileiros.


Maíra Fernandes e Deborah Prates na II Conferência Nacional da Mulher Advogada - Instituto dos Advogados Brasileiros | IAB: (clique no título ao lado)


Sem dúvida alguma foi uma inenarrável honra ter também representado o nosso IAB nessa Conferência. Em tom de crítica construtiva é que lembro da violência sofrida pelas mulheres com deficiência. Tema esse que, me nenhum momento, foi trazido à consciência coletiva. Estamos diante da naturalização do preconceito, o que o leva à institucionalização. As mulheres com deficiência continuam invisíveis aos olhos de suas iguais sem deficiência. Eia uma brutal violência. Quando deixamos de nos indignar com essas escancaradas injustiças iniciamos o triste processo de desumanização. Por isso resisto!


Segue matéria completa, retirada do site do IAB (link logo acima no título deste post):



Chefe de Gabinete do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Maíra Fernandes representou a entidade e integrou a mesa de honra na solenidade de abertura, no dia 28 de novembro, em Belo Horizonte (MG), da II Conferência Nacional da Mulher Advogada, organizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O evento, de dois dias de duração, teve como tema central "Democracia e Gênero". Foram discutidas as principais questões femininas frente aos desafios da advocacia contemporânea. A advogada Deborah Prates, da Comissão de Direitos Humanos do IAB, participou no dia 29 de novembro do painel sobre Discriminação de Gênero e Violação de Prerrogativas no Exercício Profissional.

A presidente da seccional alagoana da OAB, Fernanda Marinela, proferiu a conferência magna de abertura da conferência. “É hora de as mulheres em posição de liderança reconhecer que, embora estejamos em um mundo masculinizado, podemos sim ser mulheres”, afirmou. Segundo ela, “a discussão precisa ser honesta, envolvendo todas as barreiras e obstáculos para entender o sistema”. Conforme Fernanda Marinela, “num primeiro momento discutia-se o feminismo da igualdade, em que as mulheres tinham de se portar como homens. E foi isso que trouxe um sentimento de inferioridade. Mas evoluímos e saímos dele para o feminismo da diferença, onde o valor positivo era exatamente a diferença. Homens e mulheres são distintos”.

Em seu pronunciamento, a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Eduarda Mourão, lembrou os ideais da Revolução Francesa, de igualdade, fraternidade e liberdade. “O sonho dos revolucionários franceses de ter uma sociedade mais igual, fraterna e livre, infelizmente, não foi inserido no arcabouço cultural brasileiro”, afirmou. Segundo ela, “por isso, as mulheres têm sim uma história de superação, por sempre terem sido relegadas a lugares secundários”. Para Eduarda Mourão, “o cenário do Brasil é de índices devastadores contra a mulher, com aproximadamente 15 mortes por dia”.

Ela lembrou que a mulher idosa e a negra são as que mais sofrem violência física, psicológica e patrimonial. “Precisamos de muito mais estrutura para a rede de proteção à mulher, que hoje opera fazendo milagres, em vista de sua precariedade de recursos”, defendeu. Eduarda Mourão acrescentou: “Ora, estamos falando do Brasil, onde o salário das mulheres é 32% menor que o dos homens. Não podemos andar na contramão da história e assistirmos 15 mil mulheres se candidatarem como laranjas nas últimas eleições e sequer votarem em si mesmas”.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que “a OAB congrega hoje mais de 477 mil advogadas e 523 mil advogados e tem buscado contribuir para a promoção dos direitos das mulheres, impulsionando a valorização das profissionais da advocacia e pugnando pela consecução da plena igualdade de gênero no País”.

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