domingo, 30 de junho de 2013

Manifestação: cidade acessível é para todos! (07/07/2013 às 11:00h)


ACESSIBILIDADE ATITUDINAL JÁ!

 

MANIFESTAÇÃO: CIDADE ACESSÍVEL É PARA TODOS!

 

OUÇAM A NOSSA CANÇÃO DE AMOR CLICANDO NO VÍDEO

 

http://www.youtube.com/watch?v=l4XgCjuTFFY

 

Quer baixar só a música? Acesse o link abaixo

 

http://dl.dropbox.com/u/13348166/Alexandre%20-%20Rio%20-20.mp3

 

 


De brasileira COM deficiência, para os brasileiros
 COM e SEM deficiência.


 

 

                 O povo - unido - saiu às ruas objetivando restaurar a dignidade, cidadania, o amor ao Brasil, etc. No entretanto, não ouvimos UMA só voz a levantar a "bandeira" das acessibilidades. Isso porque, por um equívoco, o verbete acessibilidade ficou vinculado à pessoa COM deficiência.

 

                 Verdadeiramente CIDADE ACESSÍVEL É PARA TODOS, pelo que urge a conscientização do corpo social para esse vital detalhe, que fará toda a diferença.

 

                 Em palestras costumo dizer aos jovens que: - Se você não for atropelado precocemente pela morte, será um idoso; sendo assim, precisará de uma cidade acessível; Então, vamos dar as mãos para exigir dos governantes esses genuínos DIREITOS HUMANOS.

 

                 A sociedade, em 2013 - ainda tem pela pessoa com deficiência um olhar assistencialista, o que não se pode mais admitir. Daí é que sofremos com o fenômeno da INVISIBILIDADE. Quando se fala em acessibilidade logo o semelhante diz: - Não sou deficiente; não tenho deficiente na família; não conheço ninguém deficiente, pelo que esse assunto não me interessa. Ledo engano!

 

                 Por ilustração, uma rampa atende ao idoso; mamãe que leva o seu bebê no carrinho; a dona de casa que traz suas compras num carrinho de feira pesado; ao trabalhador que carrega suas encomendas sobre rodas; aos recém operados; a todos os que passam por uma limitação física temporária; aos cadeirantes, bengalantes, muletantes, etc.

 

                 Um ônibus, por exemplo, com elevador atende ao idoso que já não tem forças para subir degraus altos; as crianças; as gestantes; aos humanos que passam por limitação física temporária; aos deficientes em geral, etc. Já pensaram que benção se também elevassem o carrinho do bebê, como se vê na Austrália? Imaginem um sistema sonoro informando os pontos de paradas e turísticos em português e inglês, atendendo aos deficientes visuais, pessoas com dificuldades cognitivas, analfabetos e turistas ao mesmo tempo? Maravilha, hein?

 

                 Um site acessível não só atende aos deficientes visuais, mas aos que ainda usam a Internet discada e/ou com baixa velocidade; aos que não têm muita intimidade com a navegação; aos empresários que vendem produtos virtualmente, etc.

 

                 Os amigos que residem na RJ já perceberam que a Câmara dos Vereadores é totalmente INAcessível? Nem o vão das portas atendem as necessidades dos obesos! Essa Casa é do povo? Mas os Srs. Vereadores foram eleitos por nós! Nenhum entrou pela janela, pelo que temos que ter mais responsabilidade nas urnas. Renovação já!

 

                 Dentre as modalidades de acessibilidade julgo que a mais importante/relevante é a ATITUDINAL. Necessitamos, com urgência, mudar os nossos maus hábitos que estão arraigados em nossos cérebros desde o início da civilização. Imaginem um professor ensinando seus alunos sobre o tema opção sexual, se ele já vem com ideias PREconcebidas? Óbvio que a informação chega viciada/errada. O mestre tem que ser o moderador do conhecimento e não um imperador que dita o que devemos ou não ter como correto, concordam? A conclusão do certo ou errado cabe a cada qual, de sorte que o que precisamos para um Brasil igualitário em oportunidades é - tão-só – do conhecimento em sua essência. Basta de andarmos engessados! Viram como a acessibilidade atitudinal vem antes das demais?

 

                 Em 2012, foi a "Cidade Maravilhosa" agraciada pela UNESCO, através de seu Comitê do Patrimônio Mundial, com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Mas, como esse desastre ocorreu se nem calçadas acessíveis os cariocas têm para andar? Ainda se fosse premiada pelo patrimônio natural, tudo bem!

 

                 O pior cego é o que não quer ver.

 

                 "Somos todos anjos de uma asa só; precisamos nos abraçar para poder voar". (autor desconhecido)

 

                 Assim convidamos a todos os humanos - COM e SEM deficiência - para que somem ao manifesto pelas ACESSIBILIDADES, que será realizado no

 

7/julho, às 11:00h., sendo o ponto de encontro a frente do hotel Copacabana Palace (esquina da Rua Rodolfo Dantas c/ Av: Atlântica - Posto 2)

 

                 O percurso será do Posto 2 ao 6. O local foi escolhido levando-se em conta a facilidade de transporte, sendo a Av: Atlântica confortável para as pessoas com deficiência, idosos, com limitações físicas temporárias, crianças, etc.

 

                 "Vem pra rua você também"! Sugerimos roupas das cores da nossa bandeira, para que não misturemos Partidos Políticos e/ou quaisquer instituições. O movimento é do CIDADÃO e por maior bem-estar para todos.

 

Carinhosamente.

 

DEBORAH PRATES

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A VITÓRIA DOS VINTE CENTAVOS

A VITÓRIA DOS VINTE CENTAVOS
 


Descrição da imagem para DV: Em um fundo preto, centralizado, está escrito, em branco, "R$ 0,20" e abaixo?"NÃO É POR CENTAVOS. É POR DIREITOS.". No lugar da vírgula de "0,20" está uma mancha de sangue. Imagem tirada da internet.

 

 

                 "O povo unido jamais será vencido!”

 

                 Em 1.879, o Brasil viveu fato inédito com a vitória do vintém, ocasião em que o imperador D. Pedro II, revogou a ordem de aumento das passagens de ônibus, ante a revolta popular.

 

                 Em 19 de junho de 2013, o Brasil do séc. XXI também assistiu algo inédito ao ouvir, pelas diversas mídias, os governantes informarem que os VINTE CENTAVOS condizentes ao aumento das passagens dos transportes urbanos estavam revogados. Claro que não perderam a pose! Combinaram em passar um pito no povo avisando que estavam respeitando o querer popular, mas que haveria consequência, qual seja, disponibilizariam menos recursos para as obras de infraestrutura. Justificaram a imposição feita ao povo nos contratos firmados com as empresas concessionárias, onde estariam previstos esses aumentos periódicos. Trocando em miúdos, tentaram sair pela legalidade.

 

                 Maravilha que os "burros" desceram do ônibus! A população - sofrida faz muito - entendeu que o palácio NÃO sobrevive sem a praça. Os gestores do amanhã certamente não acreditaram nos discursos. Ora, se de um lado os contratos previram aumentos periódicos, de outro também há a obrigação dos empresários, qual seja a de prestar um serviço de QUALIDADE. A conclusão salta aos olhos. Se o serviço está aquém do que determina a Carta Cidadã, então o contrato está quebrado/rescindido! Interessante é que somente o povo/administração tem obrigações a cumprir; já os contratados estão numa terra sem lei! O povo NÃO é "burro"! Daí temos que lembrar os gastos absurdos com os eventos esportivos. Nem o parco dinheiro para pagar os péssimos transportes públicos para chegar aos novos e ferrados estádios querem nos deixar! Ah; para com isso!

 

                 Repudiei, desde o anúncio do atual gestor da RJ, a sua intenção de DEMOLIÇÃO do elevado da PERIMETRAL. Sob qual pretexto? Pasmem! Por ter aspecto desagradável. Por ferir a vista, melhor explicando, a estética! E o povo não percebeu o nosso suado dinheirinho indo ralo abaixo! É agora, no segundo mandato, vem o mesmo administrador passar pito na população que o elegeu e ameaçar/aterrorizar quanto ao parco futuro das obras de infraestrutura?! Faça-me o favor!

 

                 Pois é, tivesse o administrador mais SENSIBILIDADE, ao invés de delirar com o desmonte de bem que atende a população, teria pensado em deixar todo o entorno da PERIMETRAL ACESSÍVEL e a baixo custo.

 

                 Fico focada na educação. As escolas nem giz possuem! Os professores usam canetas compradas com o mísero "vencimento". A desculpa? Falta de verba. Mas para a demolição da PERIMETRAL, apenas por ser feia, HÁ VERBA! Ratifico que o pior cego é o que não quer ver.

 

                 Veio-me a mente o conto de Hans Christian Andersen, A ROUPA NOVA DO IMPERADOR. Será que só enxergamos o que os gestores ORDENAM? Estaríamos todos com os cérebros anestesiados? Tolos? Bobos da corte?

 

                 No contraponto Abraham Lincoln afirma: "Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento". Maravilha perceber que estamos voltando do coma em que estávamos mergulhados desde 1.879! Na verdade somos omissos na política. Gostamos de discutir as questões que nos afligem em mesas de bar. Entre um e outro pensamento dizemos: GARÇOM! MAIS UM CHOPE. E o papo rola. Lá pelas tantas dizemos: GARÇOM! A SAIDEIRA E A CONTA. Acordamos com o despertador para mais um dia de trabalho.

 

                 A história se repetiu quanto a lastimável violência de grupos isolados. Em 1.879, por vontade de poucos, a massa também foi incitada à violência e atos de vandalismo. Conta-se que os manifestantes moveram-se pelas ruas do centro dirigindo-se ao Largo de São Francisco, onde existiam muitos pontos finais de várias linhas de bonde. O delegado que comandava as tropas da polícia pediu reforços ao Exército, mas, antes que a ajuda chegasse, ordenou à polícia que dispersasse a multidão a cacetadas. A um grito de "FORA O VINTÉM", os manifestantes começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o Largo de S. Francisco, postando-se parte da tropa em frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. O povo que tinha repúdio a polícia terminou aplaudindo a tropa. No entretanto, o grupo da violência e vandalismo, passou a arrancar paralelepípedos e atirá-los contra os soldados. O oficial descontrolou-se e ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas de mortos e feridos são imprecisas. Falou-se em 15 a 20 feridos e em três a dez mortos.

 

                 Em 20 de junho de 2013, a história ainda não tem essa triste contabilidade. Certo é que, por pura irresponsabilidade nos outubros eleitorais, a população insistiu em colocar no poder pessoas que já tinham currículo político ruim. Os representantes populares que estão aí foram postos pelo povo que, às duras penas, passa a compreender a magnitude do voto. Infelizmente temos que cair da escada para aprender a ter mais atenção no primeiro degrau!

 

                 Bacana ter sobrevivido para sentir o sabor da VITÓRIA DOS VINTE CENTAVOS! Enxergamos o caminho que é bem longo. Só estamos no começo!

 

                 De minha parte emoção dupla. A uma por ser brasileira e participar da manutenção da democracia. A duas por ser acessibilista e constatar que o povo está começando a praticar a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL!

 

                 PARABÉNS BRASIL! Viva a Pátria querida; salve salve!!!

 

Carinhosamente.

 

DEBORAH PRATES


sábado, 15 de junho de 2013

DAS REVOLTAS DO VINTÉM


 DAS REVOLTAS DO VINTÉM


À DOS VINTE CENTAVOS
 



Descrição da imagem para DV: Fotografia em tom sépia de ônibus puxado por burro, como era na época da revolta do vintém. Vagão em forma de um retângulo aberto, com hastes para segurar e alguns bancos com pessoas sentadas. O condutor fica de pé, na frente, segurando as rédeas do burro, que se encontra à esquerda da imagem.

 


                        O filme A REVOLTA DOS VINTE CENTAVOS, já passou em 1879, na RJ. A multidão reuniu-se no campo de São Cristóvão, em frente ao palácio imperial. A história conta que quase cinco mil pessoas protestaram contra um aumento de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, representado na época por bondes puxados por burros. O vintém era moeda de cobre, a de menor valor da época. À sombra de liderança, os manifestantes pretenderam entregar uma petição a D. Pedro II, objetivando a revogação da taxa/aumento. A polícia, guardando-se as proporções, teve comportamento semelhante aqueles mostrados pela mídia nesse junho/2013.

 

                        O motim do século XIX teve efeito positivo, já que, dias depois, o aumento fora revogado; mas e agora, teremos a mesma sorte? Em 1879, o imperador punha os burros para puxar os bondes. Atualizando para 2013, pretendem os republicanos conduzir os "burros" dentro dos transportes urbanos.

 

                        Novelistas e jornalistas vêm dando suas peruadas de muitíssimo mau gosto. Chegou-se a dizer que o povo compra televisores de 500 polegadas e não reclama; porém, chora para pagar um irrisório aumento de vinte centavos! Ridículo, né? Claro que o viés não é esse!

 

                        O que está em questão são as instituições, os mandos e desmandos dos gestores/administradores, valendo dizer o jogo do poder.

 

                        O Artigo 7º, IV, da Carta Cidadã diz que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, um salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família, estando dentre esses o transporte - obviamente - de qualidade. Manda a Lei Maior que esse salário há que ter reajustes periódicos que lhes garantam tais despesas. Algum brasileiro tem dúvida quanto ao irrisório poder de compra do atual salário?

 

                        É incontroverso que os meios de transportes a disposição da população, de longe, são destinados ao transporte de seres humanos. O ônibus e trens vêm sendo avaliados como sendo os piores. O Metrô, dentre todos, está sendo apontado como o melhor. Os trens na RJ são cruéis demais. Existem estações nas quais os vagões desembarcam os humanos a uma altura de 50 centímetros da plataforma. Deficientes físicos, idosos e pessoas com limitações temporárias têm que ser carregados pelos outros usuários. Humilhante e desumano!

 

                        Os palpiteiros que apoiam os cruentos gestores e incentivam os selvagens empresários não usam esses transportes. Comumente transitam de automóveis próprios, táxis e, no máximo, de metrô.

 

                        Solidariedade é afeto. Este não se pode ensinar nos bancos escolares. Sentimento é bem existente nos porões dos nossos corações, pelo que temos que suar/transpirar para contaminar o semelhante. A cultura da superficialidade impera nos últimos 200 anos de capitalismo. Os cérebros estão ocos. Solo árido e rachado nada produz. Excelente estado para manobras!

 

                        Essa "miséria" de vinte centavos que os advogados dos gestores vêm defendendo, por ilustração, na cidade de SP significa, num ano, cerca de um bilhão de reais a mais nos caixas dos empresários gananciosos. No contraponto, os mesmos gestores não se preocuparam de exigir, antes da canetada, que as frotas fossem adequadas para as pessoas dos mais diversos seguimentos; valendo dizer nos moldes do desenho universal. Plataformas elevatórias para as pessoas com limitações físicas; sistema sonoro - em português e inglês - informando os pontos/estações para deficientes visuais, idosos, analfabetos, aos que possuem dificuldades cognitivas; crianças; turistas; painel com linguagem para surdos; bem como todo tipo de mobiliário/equipamentos que propiciassem a segurança e conforto dos munícipes seria o mínimo que os eleitos pelo povo teriam que exigir dos concessionários.

 

                        Assistimos - atônitos - um bate bola danado na Copa das Confederações. De um lado do campo está o time dos políticos/gestores passando a bola uns para os outros. Na outra metade estão os empresários esperando aflitamente o dinheiro, melhor dizendo, a bola que não lhes chega aos pés. Nas arquibancadas está o povo gritando OLA! Todos os atores dentro do clima desportivo de hoje e do futuro próximo.

 

                        Corrosiva é a expectativa de que no próximo outubro eleitoral haja apenas a passagem do bastão entre os mesmos corredores da maratona. Urge exercitarmos a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL para mudar os nossos maus hábitos. No momento o plano é dar empréstimos para a aquisição de novos aparelhos de televisão, não como bacorejam as más línguas, mas nos termos da lei que impõe o tamanho da tela que o povo deverá gritar OLA! OLA! OLA!

 

                        Quem é o cego nessa história?

 

Carinhosamente.

 

DEBORAH PRATES