quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Premiação de Crônica - Concurso Literário

     
Bons fluidos nesa quarta gelada queridos amigos! Divido com todos a emoção pela notícia que recebi sobre a classificação e premiação de uma de minhas crônicas em um concurso literário bíblico. Foi um concurso realizado por todo o Brasil sendo a premiação prevista para o próximo novembro. A minha crônica selecionada é SUSTENTABILIDADE HUMANA. Curtam comigo esse momento conferindo a classificação no link:

                              http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=101&id=1044&pa=1



Creiam no potencial da mulher com deficiência e votem 45.200 em Deborah Prates.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CÉSIO-137, LEMBRAM-SE?


CÉSIO-137, LEMBRAM-SE?


ACESSIBILIDADE ATITUDINAL!










Descrição da imagem para deficientes visuais: Num fundo preto, em forma de um trifólio, o mesmo nome que se dá às ervas com folhas em forma de trevo, aparece um círculo amarelo no meio, com três setores circulares amarelos: um na diagonal superior direita, outro na diagonal superior esquerda  e o outro embaixo. Esse é o símbolo mundial da radioatividade, onde cada setor representa uma das três radiações (alfa, beta e gama)

 

 

        "Todos fecham seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos". Parafraseando Augusto Cury é que insisto em repetir que o pior cego é o que não quer ver.

 

        Quem tem mais de 25 anos talvez ainda se lembre do medonho acidente ocorrido em Goiânia  com o "CÉSIO-137"; entrementes, quem tem menos de 25, muito provavelmente, NUNCA ouviu falar no assunto. Então é que vale lembrar de um aparelho hospitalar que fora descartado num ferro-velho e desmontado por humanos curiosos como se fora um aparelho elétrico de uso caseiro como, por ilustração, um ferro de passar. Distante dessa simplicidade! Em seu interior fora achado uma "lampadazinha" num tom esverdeado prateado, brilhante, linda! Seria a lâmpada mágica de Aladim? Não. Cuidava-se do perigoso elemento atômico/ radioativo de nome "CÉSIO-137".

 

        Por total despreparo dos órgãos do poder público no trato com materiais radioativos, quase 15 dias foi o tempo que levou para que as autoridades em energia nuclear detectasse o problema. Muitas pessoas foram contaminadas e as consequências são, até hoje, apesar do inenarrável sofrimento das vítimas, mal enfrentadas.

 

        Nesse setembro/2012, recordo esses lamentáveis fatos para ratificar aos amigos que cidade acessível é para todos. Ué, o que esse episódio tem a ver com acessibilidade?

 

        Tudo! Nessas minhas andanças pela RJ, em busca da vereança tenho conversado com pessoas que trabalham em clínicas diversas e hospitais para saber se nesses últimos 25 anos receberam orientações - de quem de direito - acerca dos aparelhos manuseados. Perguntei, mais precisamente, se sabiam dizer quais deles continham elementos radioativos, bem como, em caso de desfazimento, para onde deveriam levá-los. As respostas foram NÃO.

 

        Então é que pergunto para vocês que me leem: De que serviu a horrorosa experiência com o "CÉSIO-137", se os Srs. Gestores/Administradores não capacitaram os técnicos competentes, nem informaram/educaram a população sobre como lidar com riscos de contaminação radioativa?

 

        Brasileiro é Povo solidário nas desgraças, no entretanto, os fatos logo caem no esquecimento. Vale nova indagação: Na possibilidade de novo acidente estaríamos preparados para tomar as medidas de proteção à saúde pública?

 

        Percebam que falo de conscientização da sociedade como um todo e não de medidas voltadas para o seguimento das pessoas com deficiência. Assim, saltam aos olhos de quaisquer mortais que a implementação da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL é para ontem! Ah, outra pergunta: A quem interessa educar/informar a população? Mais outra: Somos ou não os culpados por tudo de mal - culturalmente falando - que nos acontece?

 

        Insisto que é a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL o carro-chefe das acessibilidades. Sei que o meu trabalho, por enquanto, é de formiguinha. Nada obstante, creio nele! Novamente, para a reflexão de todos deixo o pensamento de Abraham Lincoln. "Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento".

 

        Queridos amigos, creiam no potencial da mulher com deficiência e votem 45.200, em DEBORAH PRATES, nesse outubro/2012.

 

Carinhosamente.

 
DEBORAH PRATES

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

REPASSE - denúncia RJ

 
Bons fluidos nessa RJ 40°, queridos amigos! Venho pedir-lhes ajuda
HUMANITÁRIA mais esta vez. Agora cuida-se de atos emanados da Sra.
Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência, conforme descritos na
correspondência que acabo de receber assinada pelo presidente da ADVERJ.
De acordo com o conteúdo da carta julgo os fatos como gravíssimos e,
sendo assim, uma afronta contra a DEMOCRACIA. Sem dúvi...
da, se prosperarem, irão macular a imagem do Sr. Prefeito EDUARDO PAES. Na
minha militância vejo que é o diálogo - indubitavelmente - o melhor
caminho para situações similares. Tentar pegar no tranco não dá!
Deixo-os com o pensamento de AUGUSTO CURY, p/ as necessárias reflexões sobre o caso.
"Todos fecham seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando
estão vivos."
 

     Carinhosamente.

            DEBORAH PRATES (cachogente) + JIMMY PRATES (pessocão)
 
 
**
ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ADVERJ
CNPJ 29.170.800/0001-32
Rua do Acre 51, s/ 1002, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20081-000

Nota Pública de Esclarecimento à população da Cidade do Rio de Janeiro

A Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro,
ADVERJ, vem a público manifestar sua indignação à atitude arbitrária
e unilateral do Governo Municipal da Cidade do Rio de Janeiro,
manifestada pela Subsecretária da Secretaria Municipal da Pessoa com
Deficiência, que, durante a realização da III Conferência Estadual dos
Direitos das Pessoas com Deficiência, abriu mão das doze vagas (6
Governamentais e 6 da Sociedade Civil) de Delegados para a III
Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência a ser
realizada em dezembro, em Brasília, que deveriam ser preenchidas por
Delegados do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência - Comdef-Rio.

Tal atitude descabida atenta contra os interesses do Movimento
Social da Cidade do Rio de Janeiro e representa um retrocesso às
políticas públicas voltadas para o segmento, bem como uma retaliação
à ADVERJ, que exerceu a Presidência do Conselho Municipal de Defesa
dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Comdef-Rio na última Gestão,
enfrentando diversos obstáculos para o pleno exercício do Controle
Social.

A ADVERJ considera que, ao abrir mão das vagas do Conselho do
Rio em favor de outros Municípios, de forma atabalhoada e sem poderes
para tal, a Subsecretária, agindo como porta-voz do descaso com os
Movimentos Sociais da Cidade, deu demonstrações claras quanto à falta
de compromisso da Prefeitura do Rio de Janeiro com as Pessoas com
Deficiência da cidade. Não obstante reconhecermos a importância que
tal medida favoreça Municípios menos abastados de recursos públicos,
não se pode prescindir da presença dos militantes da Capital Fluminense
na III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Ademais, a Cidade do Rio de Janeiro é reconhecidamente a penúltima
cidade em qualidade de calçadas e rampas, bem como, promoveu
significativas mudanças no transporte público de ônibus, com a
unificação de suas cores, sem consulta prévia ao Conselho e ao
Movimento Social, o que prejudica, não só as Pessoas com Baixa Visão,
como Idosos, Estudantes e Analfabetos.

Além disso, o pouco caso com acessibilidade é a marca da gestão
municipal. A falta de estrutura e o desperdício de dinheiro público
é tamanho, que a Prefeitura sequer fornece material acessível, em
Braille, para os Conselheiros com deficiência visual

exercerem sua função pública de controle social, ressaltando que a
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência mantém impressoras
braille caríssimas desativadas.

Registramos, outrossim, e vimos a público denunciar que o Governo
Municipal não apresenta os programas e projetos relacionados às pessoas
com deficiência ao respectivo Conselho Municipal para que possa
opinar e construir coletivamente as políticas públicas e exercer
adequadamente o Controle Social, que é a sua atividade precípua.

Neste sentido, consideramos que os entraves que obstruem a plena
participação das Pessoas com Deficiência ultrapassam as questões
geográficas e partem para uma ação deliberada e coordenada para retaliar
quem efetivamente cumpre seu papel e exerce o Controle Social. Por tal
motivo e por considerar o Movimento Social importante no protagonismo
da luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, a ADVERJ vem a
público REPUDIAR as recentes condutas praticadas pelo Governo Municipal
do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2012

Márcio Castro de Aguiar
Presidente

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Vamos conversar?


TROCANDO EXPERIÊNCIA NA RUA.

 

VAMOS CONVERSAR?
 
 

 
 
 
Descrição da foto para deficientes visuais: No centro da foto está Deborah Prates, de óculos escuros, blusa rosa, bermuda jeans abaixo do joelho e tênis, segurando o arreio de Jimmy Prates, que está de boca aberta. Ambos estão numa pista andando em direção a câmera. Do lado direito há um gramado e ao fundo existem pessoas caminhando e árvores. O céu está azul.
 
 

                    O mundo gira e DEBORAH PRATES - 45.200 - roda! Rodando para lá e para cá é que venho fazendo a minha campanha para vereança pelas inacessíveis ruas da RJ.

 

                    Independente do resultado nas urnas posso afirmar, sem medo de errar, que a troca de experiência, em muito, está enriquecendo a luta das pessoas com deficiência. A cada dia corroboro a minha afirmação de que é a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL o carro-chefe das acessibilidades. De fato nada conhece a coletividade sobre o convívio com as pessoas com deficiência.  Então é que vale a pena repetir que INCLUIR É PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE SOCIEDADE IGUAL PARA TODOS.

 

                    Presentemente venho dividir com os amigos leitores duas passagens para serem avaliadas e refletidas pelos humanos sensíveis. Preparem-se! Vou mandar.

 

                    Primeira. Entrego um panfleto e a voz masculina responde.

 

                    - Ué, não sabia que gente ASSIM podia se candidatar!

 

                    - O que o senhor quer dizer com "GENTE ASSIM"?

 

                    Ah! Gente anormal!

 

                    Segunda. Novo "santinho" com nova resposta em voz masculina.

 

                    - Se nem os que enxergam fazem alguma coisa, quem dirá um cego! Não votaria nunca num cego!

 

                    Chocante o conteúdo das respostas que obtive. No entretanto, muito bacana a oportunidade para dialogar/interatuar com a sociedade. Óbvio que em ambas as situações eu consegui, às duras penas, clarear os cérebros desoxigenados. Nítido restou o quanto os Srs. Gestores, nas três esferas, pecam em não cumprir o ordenamento legal quanto a realização das imprescindíveis CAMPANHAS informativas. Vale dizer a implementação da ACESSIBILIDADE ATITUDINAL. Esse desleixo é a prova cabal da IGNORÂNCIA dos administradores nesse quesito. Como sempre digo: SE O COMANDANTE NÃO SABE QUE ERRA, COMO CORRIGIR A ROTA DO NAVIO? Mesmo, mesmo, precisamos EXIGIR que qualquer cidadão que ganhe qualquer processo seletivo passe por um curso de CAPACITAÇÃO.

 

                    Amigos, perceberam como o pior cego é o que NÃO QUER VER?

 

                    Serão todas as pessoas com deficiência incompetentes, ou será a sociedade quem lhes nega a OPORTUNIDADE para, de fato, estarem incluídas?

 

                    Dessa feita penso serem os dois minúsculos diálogos travados com os eleitores nas ruas da RJ tão contundentes que dispensam maiores delongas. Destarte, convido-os a uma reflexão e conclusão sobre as situações em questão. Por mais doídos que se apresentem os fatos, repito que essa minha exposição objetivando encontrar a direção da JUSTIÇA/IGUALDADE está sendo produtiva. A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, único diploma legal internacional com status de EMENDA CONSTITUCIONAL, soterrou, de vez, o espírito assistencialista de outrora. Também por esse ordenamento é que tanto luto pelo magnetismo das ACESSIBILIDADES. Levar à prática, por meio de providências concretas, os modais da acessibilidade é, sem dúvida, o caminho que levará a magia da OPORTUNIDADE. Daí dependerá de cada qual conquistar o seu DIREITO de igualdade. No ponto de partida da vida das pessoas com deficiência é que têm os Srs. Gestores o DEVER/OBRIGAÇÃO de executar a acessibilidade em todos os seus nuances.

 

                    Você crê no potencial da mulher cega DEBORAH PRATES - 45.200?

 

Carinhosamente.

 

DEBORAH PRATES

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Grupo Fodidos Privilegiados

 
 
 
 
 
Descrição da imagem para deficientes visuais COM os comentários de Deborah Prates : Cartaz no sentido vertical dividido em três partes.
 
Primeira parte (topo da imagem): Da esquerda para a direita aparecem o grupo de visita ao palco, Graciela Pozzobon, Rodrigo da equipe Lavoro Produções e Deborah Prates, segurando a guia de Jimmy Prates, também presente na foto. No centro, encontra-se uma cadeira de madeira, com o encosto branco e o assento vermelho. O chão é um carpete vermelho e a parede de fundo é cinza claro. Nessa mesma parede existem vários fios vermelhos aparentando uma teia. No centro ao fundo há a ponta de um punhal prata, feito de bambu.
 
Segunda parte (centro da imagem): De fundo, uma tira horizontal vermelha e nela escrito "Nelson Rodrigues, Os Fodidos Privilegiados Uma história de amor eterno!". Abaixo dessa tira há outra amarela, onde está escrito "O Casamento. De Nelson Rodrigues. Adaptação e Direção: Antonio Abujamra e João Fonseca."
 
Terceira parte (pé da imagem): Foto de uma cena da peça, com uma das personagens no centro, representada por Guta Stresser, de vestido de noiva branco, na altura do joelho, pés descalços e véu na cabeça. À esquerda e à direita, estão os demais personagens também de vestido de noiva, olhando para a principal.
 
 
         Comentários de Deborah Prates: Gostei da característica do grupo FODIDOS PRIVILEGIADOS no uso de pouco mobiliário na montagem do cenário, de forma a valorizar o trabalho dos atores, dando grande movimentação à peça, aguçando a imaginação do público. Mais uma vez parabenizo a Lara Pozzobon, Graciela Pozzobon e Equipe da Lavoro Produções que, em meio a tamanha movimentação cênica, permitiu aos deficientes visuais - através do recurso da audiodescrição - ter uma compreensão da narrativa em tempo REAL. Destaco também a acessibilidade destinada as pessoas surdas. Bacana constatar a mistura das pessoas com e sem deficiência mais esta vez no Teatro Carlos Gomes.